Outdoor expõe indignação de professores com a Prefeitura de Matozinhos

“Senhora Prefeita, não se faça de desentendida, pague o que é de direito aos professores da rede municipal de educação de Matozinhos”

Um outdoor em protesto ao descaso da Prefeitura com os educadores da rede municipal de ensino de Matozinhos está exposto próximo a ponte do restaurante Circuito das Grutas, sentido centro. A classe reivindica direitos que, segundo o movimento, não estão sendo atendidos pela gestão municipal chefiada pela professora aposentada, Zélia Alves Pezzini (MDB), a quem esperavam mais empatia pela causa.

As reivindicações não são poucas e todas necessárias de atenção que vem se acumulando nos últimos anos, como a ausência de um Plano de Carreira específico, sendo considerado apenas uma lei geral dos servidores desde 2007.

Entre as reivindicações das/os manifestantes estão:

Revogação da Lei Complementar 173

A revogação da aplicação pela Prefeitura da Lei Complementar 173/2020 que congelou em dois anos a contagem de tempo de trabalho dos servidores públicos, afetando benefícios como anuênios, triênios, quinquênios, licenças-prêmio e benefícios similares. O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) decidiu que o período deve ser, sim, considerado para fins de reconhecimento de todos os direitos dos servidores. Além disso, uma emenda à lei da reforma administrativa do estado, aprovada em abril, também assegura o reconhecimento.

Pó de Giz

Outro questionamento da classe é a incorporação do “Pó de Giz” pela Prefeitura para complemento do Piso Salarial, no entanto, esse benefício já é uma gratificação de 20% do salário base. “A lei estabelece que o salário-base é que deve atingir o valor e não se pode considerar qualquer outra parcela remuneratória afora ele” (Apeoesp). De acordo com os manifestantes, ficou acordado no ano passado que a gratificação não iria contar como complementação do piso, no entanto, a Prefeitura descumpriu o acordo.

Nivelamento PEB I e II

O nivelamento das categorias PEB I e II é outra reivindicação que tudo indica, não será atendida, contrariando os preceitos de isonomia e equiparação entre PEB I e PEB II que a legislação federal estabelece (Lei nº 9394/96; Lei nº 11.738/08 e Lei nº 13.005/14).

Saúde Financeira da Educação

Em agosto, um grupo de professoras e ´professores se manifestaram em frente a Prefeitura

A saúde financeira da pasta da educação municipal também foi colocada na pauta de reivindicações, considerando que o recurso do Fundeb que garante o pagamento dos profissionais da educação, estaria saturado, devido a inclusão excessiva de outros servidores na folha, sem priorizar os profissionais que têm contato direto com os alunos, garantindo assim uma educação de qualidade.

Além disso, a Prefeitura não estaria sendo clara quanto a aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que tem sido justificativa para não conceder reajustes salariais. A mobilização também pede respeito aos profissionais, com tratamento adequado às solicitações e requerimentos.

De acordo com o movimento, a administração municipal protelou agendamento de reunião com a categoria, alegando falta de espaço na agenda devido as comemorações dos 200 anos de Matozinhos e, passado as festividades, simplesmente negou em receber os representantes. Em ofício ao movimento, a Prefeitura afirma que já estaria cumprindo com o pagamento do piso nacional dos professores.

Da redação

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