A Suécia registrou a menor temperatura desde 1999, quando os termômetros atingiram -43,6ºC durante o auge do inverno em janeiro de 2024, na região Norte do país escandinávo.
A estação meteorológica de Kvikkjokk-Arrenjarka, situada na Lapônia, registrou, na noite de quarta-feira (3), a temperatura mais fria dos últimos 25 anos.
Em 1999, o frio alcançou -49ºC e igualou o recorde atingido no país em 1951.
A Lapônia, situada no extremo Norte da Suécia, próximo a fronteira com a Filândia, é conhecida pelo clima ártico, com invernos longos e rigorosos, caracterizados por temperaturas muito baixas e neve abundante.
Condições extremas
As condições climáticas extremas são uma marca registrada da Suécia, que experimenta invernos rigorosos, com temperaturas que frequentemente atingem -20 ºC.
O fenômeno não passou despercebido pelos habitantes locais, que enfrentam desafios extras diante de temperaturas extremas.
Embora acostumados com temperaturas abaixo de zero, empresas de ônibus e trens tiveram que cancelar viagens devido ao frio extremo no Norte da Suécia.
Relatos de canos congelados também foram divulgados pela imprensa local.
Autoridades suecas estão monitorando a situação para garantir a segurança da população, especialmente em áreas mais remotas, onde as condições podem ser ainda mais desafiadoras.
Orientações
Em temperaturas baixas, as autoridades emitem alertas e orientações para a população com precauções extras para evitar riscos à saúde.
Enfrentar um frio de -43ºC, apresenta vários riscos para a saúde, como:
- Exposição prolongada a temperaturas extremamente baixas pode levar à perda de calor corporal, resultando em hipotermia. Isso ocorre quando a temperatura corporal central cai abaixo do normal, afetando negativamente o funcionamento do corpo.
- Partes do corpo expostas, como dedos, nariz e orelhas, estão em risco de congelamento. Isso pode resultar em danos nos tecidos e, em casos graves, em amputações.
- A exposição prolongada ao frio extremo pode causar frostbite, que é o congelamento dos tecidos corporais. Isso geralmente afeta extremidades como dedos, mãos, pés, nariz e orelhas.
- O ar extremamente frio pode irritar as vias respiratórias e, em alguns casos, levar a problemas respiratórios, especialmente em pessoas com condições pré-existentes, como asma.
- O frio intenso pode aumentar o estresse sobre o sistema cardiovascular, aumentando o risco de complicações para pessoas com problemas cardíacos.
- A formação de gelo nas estradas e calçadas pode aumentar o risco de quedas e lesões, gerando desafios para a mobilidade.
*Com informações da AFP