O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, condenou, nesta quarta-feira (3), o atentado com bombas que deixou ao menos 103 mortos durante uma cerimônia em homenagem ao general Qasem Soleimani, assassinado pelos EUA em 2020.
O atentado deixou pelo menos 103 mortos e 141 feridos, alguns em “estado grave”, perto da mesquita onde se encontra o túmulo de Soleimani, na cidade de Kerman, no sul do Irã.
Os autores “deste ato covarde em breve serão identificados e castigados por seu ato odioso pelas poderosas forças de segurança e da ordem pública”, afirmou Raisi em um comunicado.”Os inimigos da nação devem saber que tais ações nunca poderão perturbar a sólida determinação da nação iraniana”, acrescentou.
Duas bombas explodiram perto da mesquita Saheb al Zaman, que foi construída no século XVII e estava lotada de pessoas homenageando o aniversário da morte Soleimani, que completa 4 anos hoje (3).As duas explosões ocorreram com 10 minutos de diferença, de acordo com a imprensa local.
Imagens divulgadas na internet mostraram a multidão que tentava fugir do local enquanto as forças de segurança isolavam a área.
Atentado “escandaloso”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também condenou o atentado cometido no Irã, um dos seus principais aliados.
Os dois países compartilham uma série de interesses comuns, incluindo a oposição à influência dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Putin classificou o ataque como “escandaloso por sua crueldade e seu cinismo”, , nesta quarta-feira (3).
“O assassinato de pessoas pacíficas que visitavam um cemitério é escandoloso por sua crueldade e seu cinismo”, disse o Kremelin em mensagem enviada ao presidente Ebrahim Raisi e ao aiatolá Ali Khamenei.
“Condenamos o terrorismo, veementemente, em todas suas formas”, acrescentou o presidente Vladimir Putin.
*Com informações da AFP