O padre Fábio de Melo saiu em defesa do seu companheiro de sacerdócio, o padre Júlio Lancelotti, que vem sendo intimidado com a possibilidade de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suas ações nas ruas de São Paulo.
Em uma publicação na rede social X, antigo Twitter, Fábio de Melo disse ter conhecido o padre Júlio na Pastoral Carcerária quando ainda era seminarista.
“Ao longo dos anos, em campanhas específicas, ajudei e divulguei o seu trabalho social. Recentemente falei com ele, prestei minha solidariedade. Neste momento, peço que Deus o fortaleça, que o conduza, e que tudo se esclareça o mais rápido possível”, afirmou o sacerdote na publicação ao comentar sobre a nota pública emitida pela Arquidiocese de São Paulo.
A @arquidiocesedesaopaulo emitiu uma nota oficial para tratar dos assuntos que envolvem a atual situação do padre Júlio Lancellotti. Conheci o padre Júlio quando eu ainda era seminarista, na Pastoral Carcerária.
Ao longo dos anos, em campanhas específicas, ajudei e divulguei o… pic.twitter.com/eJd2EPB4Jb— padrefabiodemelo (@pefabiodemelo) January 5, 2024
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (3), a assessoria de imprensa da Arquidiocese disse acompanhar “com perplexidade” as notícias veiculadas na imprensa sobre a possível abertura de uma CPI “que coloca em dúvida a conduta do Padre Júlio Lancelotti no serviço pastoral à população em situação de rua”.
“Perguntamo-nos quais motivos se pretende promover uma CPI contra um sacerdote que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral?”, questiona a Arquidiocese.
A instituição ainda disse que ele exerce um trabalho importante de “coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade”.
CPI das ONGs
Em dezembro, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), protocolou um pedido de abertura de uma CPI para investigar a atuação de Organizações Não-Governamentais (ONGs) que atuam nas ruas da capital paulista, sobretudo na região da Cracolândia.
O parlamentar diz que as entidades fazem parte de uma máfia que “explora a miséria” das pessoas em situação de rua e confirmou que Lancelotti seria um dos primeiros a serem ouvidos, caso a comissão seja instalada.