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Base do governo na Câmara, por unanimidade, salva vereadora da cassação pelo crime de rachadinha

Em sintonia no discurso, vereadores dizem não terem competência para julgar

Os vereadores da Câmara Municipal de Matozinhos, após quase cinco horas da 15ª Reunião Extraordinária desta segunda-feira, 16 de outubro, discutiram e votaram em turno único o Projeto de Resolução 347/2023 que decretaria a perda de mandato em face da cassação da vereadora Marli Vale (PSDB), com base nos termos do parecer proferido pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final desta Casa Legislativa.

A decisão foi dada em menos de cinco minutos contrária a cassação da vereadora Marli Vale, sendo unanimidade da base do governo municipal com sete votos (Miguel, Kaká, Jane, Márcio, Ildeu, Martins, André) e, já sem efeito, com o voto do presidente César Antônio de Soné (PSC), a qual a colega é segunda secretária da Mesa Diretora.

Nesta terça-feira (17), vence o prazo de 90 dias do afastamento da denunciada, sendo solicitado pela 2ª Promotoria de Justiça do Ministério Público da Comarca de Matozinhos, em regime de urgência à justiça, a prorrogação pelo prazo de mais 90 dias.


O rito

O parecer da Comissão Processante da Câmara Municipal de Matozinhos, concluiu pela procedência da denúncia com base nas provas apresentadas pelo MP e o pedido de afastamento da vereadora pela justiça das suas funções parlamentares, o que afetou não só a sua imagem pública como também da casa legislativa, recomendando a perda de mandato com sua cassação.

De um lado, o governo…

Após lido o parecer, o vereador Sargento Martins foi o primeiro a falar e disse não ser jurista para julgá-la e que o rito não teria sido correto, a partir da entrada da denúncia, como também disse que o processo não diz que houve obrigação de pagar, não se enquadrando ao crime de “rachadinha”, segundo o vereador, teria sido “um acordo” entre as partes.

Em resposta ao vereador Sargento Martins (MDB), o vereador Ítalo Borges (PSD), disse que junto a cadeira vem as responsabilidades e que já se passaram três anos na casa e que estariam preparados para decisão. Também o vereador disse que “mentira repetida diversas vezes se torna uma verdade, mas, se a verdade se calar”, respondendo também a uma fala do colega. Por último, Ítalo disse que em momento algum, em sua defesa, a vereadora afirmou de que não aconteceu o que está sendo acusada.

O vereador Edinho do Ferro Velho, de forma online, por questões de saúde, disse que concorda com a fala do colega que presidiu a comissão, sendo ele o relator, afirmando terem preparo para decisão, mediante a tantos outros processos que tramitaram na Câmara nesse mandato, como pedido de cassação da Prefeita Zélia Pezzini (MDB). Edinho ainda pediu o presidente para passar áudios que circulam por aplicativo de mensagens, podendo contribuir para o entendimento de todos, não sendo permitido: “Nossos elementos não podem ser acrescentados”, disse o procurador.

…do outro, a oposição.

Em seguida, o vereador Claudinho Cecé assumiu a palavra, dizendo que tem clareza do seu voto, porque está comprovado que houve sim o crime de rachadinha: “Temos que colocar a cara a tapa e mostrar a sociedade que nos elegemos a que viemos”, afirmando que tem sua convicção formada.

O próximo a falar foi o vereador do UB, Carlos Henrique Kaká, citando inicialmente Rui Barbosa e falando da sua formação moral e ética e das obrigações previstas na lei orgânica, regimento interno e constituição federal.


O vereador Marcinho (MDB), disse que joga no colo da justiça a decisão, não passando na frente da mesma. Em seguida, Jane Rosa (UB), também disse que o julgamento ficaria com o MP, apesar de ser o denunciante a justiça, sendo ali um local político e não de julgamento.

O vereador, líder do governo, Ildeu Lopes (REPU), disse que a decisão é difícil, mas também acredita que a responsabilidade de julgar é do judiciário. Depois de citar vários ditados, disse que “contra fatos, não há argumentos”.

Chegando mais tarde no plenário, o vereador Dr. André (PDT), falou de profissões e ao final disse ser médico e não juiz. Por fim, o vereador Sidirley Bento (PSDB) disse que as provas foram apresentadas pelo MP a justiça que acatou o pedido de antecipação de tutela, afastando a vereadora. Essas provas foram requeridas e acessadas pela comissão da Câmara.

Defesa

A própria vereadora Marli Vale fez a leitura da sua defesa, negando as acusações. Em seguida, o presidente da casa passou a palavra para o Advogado da vereadora, defendendo que não havia provas contundentes contra sua cliente. “O juízo que foi feito para determinar o afastamento não foi com base em certeza absoluta por ser antecipação de tutela”, dizendo que a decisão afetaria a vida da vereadora, como também dos seus eleitores, como do seu suplente.

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