A Justiça de São Paulo condenou o Hospital Samaritano de Sorocaba, no interior de São Paulo, a indenizar um paciente que foi atendido por um falso médico. A vítima, um homem de 63 anos, havia sofrido um infarto, mas foi liberado pelo suposto doutor após ser diagnosticado com um ‘mal-estar’.
O caso aconteceu em julho de 2011. O paciente, que tinha 63 anos na época, foi levado de ambulância para a unidade de saúde, sentindo fortes dores no peito. O homem foi atendido por um médico identificado como ‘Ariosvaldo Diniz Florentino’, que receitou alguns remédios para o idoso e o liberou. O diagnóstico foi de um simples ‘mal-estar’.
Porém, as dores continuaram, e o idoso foi até um cardiologista, que fez uma série de exames e o diagnosticou com infarto, recomendado que ele fosse internado imediatamente em outro hospital. O idoso passou, inclusive, por cateterismo e angioplastia. As informações são do portal UOL.
Pela TV, o idoso descobriu que o suposto doutor Ariosvaldo era, na verdade, Fernando Henrique Guerrero, um ex-estudante de Medicina que usava documentos falsos para atender. Fernando confessou o crime e foi condenado em uma ação criminal.
No processo cível, o Hospital Samaritano alegou que não tinha responsabilidade pela atuação do médico, que teria sido contratado por uma empresa terceirizada.
Na decisão, a juíza Milena Rodrigues afirmou que o hospital e a empresa terceirizada foram negligentes ao checarem a documentação do suposto médico. A magistrada ainda declarou na sentença que ‘causa estranheza que o exercício ilegal da medicina tenha ocorrido em hospital conceituado, às vistas de todos’.
A indenização foi fixada em R$ 30 mil, e a Justiça incluiu tanto o falso médico quanto a terceirizada na sentença para o pagamento da reparação. O paciente já entrou com um recurso, pedindo um aumento de R$ 30 mil para R$ 264 mil. As outras partes também podem recorrer.
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