Servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) decidiram paralisar as atividades na última segunda-feira (1º). Em carta endereçada ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, os servidores expressam preocupações com as condições de trabalho, além do descontentamento entre o discurso ambiental do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a prática no que diz respeito à valorização dos servidores ambientais. Atualmente, o Ibama opera com apenas 52% do seu efetivo total legalmente previsto.
A carta menciona ainda que os servidores vão realizar apenas atividades internas. Com a paralisação, atividades de campo, como operações de fiscalização ambiental na Amazônia e em terras indígenas, vistorias de processos de licenciamento ambiental, atividades de prevenção e combate a incêndios florestais e emergências ambientais serão afetadas. Ainda segundo a carta, os servidores ambientais afirmam que as carreiras no Ibama estão abandonadas há mais de 10 anos.
Na COP-28, os servidores do Ibama e do ICMBio divulgaram um documento destacando as inconsistências entre as ações e discursos do governo atual. Eles também mencionaram a potencial paralisação das atividades, caso não recebam uma resposta sobre a proposta de reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente, atualmente em análise pelo MGI, e a realização de um concurso público para preencher as lacunas no quadro de servidores.