• Home
  • Política
  • Promotoria pede cassação de chapa que teria fraudado cota eleitoral em Cachoeira da Prata

Promotoria pede cassação de chapa que teria fraudado cota eleitoral em Cachoeira da Prata

O Ministério Público Eleitoral (MPE) da comarca de Sete Lagoas pediu à Justiça, na última semana, a condenação da chapa eleitoral do Partido Progressistas (PP) de Cachoeira da Prata por fraude na cota de gênero nas eleições municipais de 2024. Agora, aguarda-se a sentença da ação.

PP é investigado e pode ter chapa eleitoral cassada / Foto: Prefeitura de Cachoeira da Prata / divulgação

A promotora Clara Maria Hoehne Sepúlveda realizou as alegações finais do órgão. Ela ressaltou que Cassiana Nascimento Miranda, em investigação, confirma que teve seu nome colocado contra a sua vontade pelo presidente da legenda Nilson Ferreira, para “só compor a chapa”. Ela teria sido chamada para ser candidata e teve sua inscrição na convenção partidária, mas quando desistiu do pleito, Nilson teria dito que o então candidato a reeleição Clécio Ferreira, o Clecinho (Republicanos) teria dito que “não daria para tirar mais”.

CONFIRA O PEDIDO DO MPE NA ÍNTEGRA

Ainda nas alegações, Clara Maria Sepúlveda relatou que áudios revelam, “de modo cabal”, de que o nome de Cassiana foi colocado de forma fraudulenta, e que o presidente do partido ainda indicou que ela e seu marido iriam receber uma “ajuda” do então prefeito e candidato a reeleição Clecinho. O chefe do executivo de Cachoeira da Prata não é investigado nem foi denunciado na ação.

O Ministério Público Eleitoral aponta que Nilson instruiu Cassiana e seu esposo a votarem nela. Os áudios da conversa dela com o presidente do PP estão dentro do processo e foram divulgados pelo SeteLagoas.com.br:

A promotoria ainda relata que forma inexpressivas as receitas e despesas de campanha da investigada, como a inexistência de material gráfico e nenhuma divulgação nas redes sociais. É apontado também que a Justiça Eleitoral não recebeu nenhum pedido de renúncia do pleito, tanto por parte de Cassiana quanto do PP, e que a mesma teve apenas oito votos.

Para finalizar, o MPE pede que seja aplicada a penalidade que consta na súmula 73 do Tribunal Superior Eleitoral, como a ilegibilidade dos candidatos da chapa e a anulação dos votos. Com isso, o vereador Milton Magalhães perderia a cadeira na Câmara de Cachoeira da Prata.

Processo

O SeteLagoas.com.br relatou, em fevereiro deste ano, a investigação sobre o caso. A denúncia foi realizada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) da cidade. Na denúncia, o PP montou uma chapa com sete homens e três mulheres, posto que preenchia a cota mínima eleitoral de 30% de vaga para mulheres candidatas. Bruno Soares, presidente do PT de Cachoeira da Prata, relatou que a prática é comum nos pleitos eleitorais da cidade e ainda denunciou outros dois partidos (PL e Podemos) de realizarem a mesma fraude.

“A gente preza pela lisura do processo democrático na nossa cidade, concorremos com poucos candidatos, fomos um grupo político diferente, onde a gente tem em mente em acabar com esse vício que acontece muito na cidade, colocar pessoas apenas para compor chapa”, comenta Bruno.

O SeteLagoas.com.br procurou por Nilson Ferreira sobre as acusações e não obteve retorno.

DESTAQUES

Veja Mais

VEJA MAIS

Gil do Vigor intervém após Thamiris acusar o BBB 25 de manipulação

Durante participação no “Prêmio Gshow BBB”, Thamiris sugeriu, nesta quarta-feira (23), que o reality show…

Horário e onde assistir ao vivo Heat x Cavaliers, pela NBA

Equipes se enfrentam às 14h (de Brasília) de sábado (26), no Kaseya Center Redação 424

Defensoria Pública promove atendimento para pessoas que querem pedir indenização pelo desastre de Mariana

A Defensoria Pública de Minas Gerais irá fornecer atendimento individual para pessoas atingidas pelo rompimento…