O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) criticou, neste domingo (31), o que chamou de “mão pesada” do Supremo Tribunal Federal (STF) ao estipular penas a réus pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O ex-procurador da Operação Lava-Jato, que teve o mandato parlamentar cassado, se referiu a condenados como “senhorinhas”.
“Uma vergonha que o Supremo não tenha a mesma visão sobre a necessidade de punir criminosos e dissuadir as pessoas de cometerem crimes quando os réus são ricos, poderosos e políticos. Mas para as senhorinhas do 8 de janeiro, é mão pesada e (há) penas de 14 a 17 anos de prisão”, disse, em publicação no X, anteriormente chamado de Twitter.
Deltan escreveu sobre o tema em resposta a uma entrevista do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). À Folha de S. Paulo, Barroso abordou as críticas por causa das penas estipuladas pela corte aos condenados pelos atos de vandalismo aos prédios dos Poderes da República.
Segundo o ministro, o Brasil tem “certa dificuldade de punir”.
“No momento que os fatos acontecem, as pessoas têm uma reação muito indignada e querem uma punição exacerbada, mas na medida em que o tempo vai passando, essa reação vai diminuindo e as pessoas começam a ficar com pena”, apontou Barroso.