O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) em Sete Lagoas foi acionado neste domingo (5) para atender a uma ocorrência de aparecimento de serpente.
O caso aconteceu no bairro Iporanga II, onde o morador de uma residência acionou a emergência. Ele avistou o animal entre plantas e entulhos e, por temer que fosse uma cobra-coral verdadeira — espécie de alta periculosidade —, solicitou a intervenção das autoridades.
Ao chegarem ao local, os militares confirmaram que a serpente possuía, de fato, o padrão de cores característico das corais, com anéis vermelhos, pretos e brancos. Utilizando técnicas e equipamentos específicos, a equipe realizou a captura segura do animal sem lhe causar ferimentos.
Após uma avaliação minuciosa, foi constatado que o réptil não era a peçonhenta coral verdadeira, mas sim uma espécie não venenosa que se assemelha a ela — um fenômeno conhecido como mimetismo. Essa característica é um mecanismo de defesa comum em várias espécies inofensivas, que imitam a aparência de animais perigosos.
O animal estava saudável e foi devolvido à natureza em uma área de mata preservada, seu habitat natural.
O Corpo de Bombeiros reforça a importância de a população não tentar capturar ou matar animais silvestres e de acionar imediatamente o serviço especializado pelo telefone 193. A correta identificação da espécie e o manejo seguro devem ser feitos apenas por profissionais treinados. A orientação em caso de avistamento de cobras é manter distância segura e evitar movimentos bruscos.
A diferença crucial entre a Cobra-Coral Verdadeira e a Falsa
A semelhança entre as cobras-corais verdadeiras (gênero Micrurus) e as falsas-corais (diversos gêneros não peçonhentos) é um desafio para a população. A principal distinção reside na peçonha (veneno) e, visualmente, no padrão de cores dos anéis que as envolvem, embora esta regra possa ter exceções regionais.
O ponto crucial para diferenciar a maioria das espécies no Brasil está em como as cores se tocam:
Atenção: Como esta regra da sequência de cores não é universal, a recomendação é jamais tocar ou se aproximar e sempre chamar o Corpo de Bombeiros (193) ou órgãos ambientais para a captura segura e correta identificação.