A menos de 10 meses para a eleição de Belo Horizonte, o cenário eleitoral está completamente indefinido e sem um favorito para vencer a disputa na capital mineira.
A avaliação é do cientista político e professor da PUC Minas, Malco Camargos, que considera a eleição em BH a mais aberta entre todas as capitais do Brasil.
“Belo Horizonte terá a eleição mais aberta entre as 27 capitais. O fato de Fuad seguir um líder como Kalil não deixou que ele tenha uma presença ainda como prefeito. Muitos não sabem quem é o prefeito de BH. Mas a prefeitura é bem avaliada, então, mesmo que ele tenha pouca presença eleitoral, a força da avaliação da prefeitura faz com que ele seja um player importante no processo. Por outro lado, ele enfrenta candidatos que têm relação com a mídia, que já passaram por meio de comunicação e têm muita visibilidade”, analisa Malco Camargos.
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O cientista ressalta também a polarização política entre petistas e bolsonaristas, que deve manter a força nas disputas pelo comando das capitais em 2024. Em BH, o PT já lançou a pré-candidatura do deputado federal Rogério Correia, e lideranças bolsonaristas apontam o deputado estadual Bruno Engler como provável candidato da direita.
“E também temos a polarização, com o candidato do PT e o candidato do bolsonarismo. Isso faz com que a eleição em Belo Horizonte fique completamente incerta e seja uma das mais desafiantes para quem gosta de estudar processos eleitorais”, diz Malco.